terça-feira, março 20, 2012

Teste de autonomia e criticidade.

Eu e meu estimado amigo Tiago Rovai estamos procedendo uma "experiência social" muito curiosa no Facebook denominada "Teste de autonomia e criticidade". Eu já havia feito ela aqui no blog, no entanto, teve menor adesão e impacto devido à quantidade de acessos. Os leitores que acompanham o blog certamente já viram minhas reclamações acerca do compartilhamento indiscriminado de conteúdo no Facebook. Pois bem, resolvi testar na prática meu ponto de vista.

Eu repliquei uma matéria inverídica e polêmica sobre a declaração do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, repreendendo a forma de uso da rede social pelos Brasileiros. Mas a notícia havia sido veiculada em um site de baixa credibilidade (G17) e foi facilmente refutada. Então criei eu mesmo uma matéria bem resumida, com informações técnicas, nomes de executivos e validações fictícias, mas que não está em lugar algum. E veremos a repercussão dela.

Sabe-se que muitos realmente não se preocupam em validar a informação. Poucos amigos meus questionaram ou foram atrás de validação. Muitos discutiram sobre o tema, ele sendo verdadeiro ou não. E tantos outros simplesmente replicaram. Embora existam inúmeros fatores que expliquem isso vamos nos ater a apenas 2 básicos: A credibilidade do escritor e o nível de ingenuidade do leitor.

Isentando o "canal" da responsabilidade de formar opinião e informar, o que temos é um espaço aberto onde as pessoas podem trocar conteúdo à vontade e interagir com esse material, comentando, curtindo, compartilhando. O que me preocupa é que numa sociedade cada vez mais formada pela internet essa displicência em verificar a veracidade e validade das informações pode ser um problema.

Segundo Chris Anderson, autor do best-seller "The Long Tail", o qual me motivou a realizar essa experiência, "o PC transformou todo mundo em produtor e editor de conteúdo, mas a internet transformou todo mundo em distribuidor". E embora, assim como eu, ele seja completamente a favor do livre tráfego de conteúdo online, também concorda que a utilização deles deve ser mais criteriosa.

O que proponho aos leitores do meu blog é que dediquem um pouco mais do tempo para ler a mesma notícia que lhe é relevante em dois, três ou mais fontes, e independente de qualquer coisa compartilhem com mais critério as informações. Existem veículos ou formadores de opinião de maior credibilidade e mesmo entre eles é incontável o número de vezes que se faz uso de errata ou correção de erro sem nem sequer mencioná-lo.

Então amigos, vamos dar mais atenção ao que absorvemos e ao que compartilhamos. Nós, minoria que tem essa capacidade de discernimento, temos essa condição e por que não essa responsabilidade? E agora uma imagem pra reforçar a polêmica. FICA VENDO:


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