quarta-feira, janeiro 18, 2012

BBB - GLOBO - Televisão falida...

E vamos começar com a polêmica. Eu NÃO assisto, leio apenas as chamadas nos portais e, quando muito, alguns comentários no Facebook acerca do programa Big Brother Brasil. Também não estou aqui para falar mal de quem assiste, cada um assiste o que lhe agrada e convém. E com base nesse lógica cada cidade, estado, país tem a programação televisiva que merece com base naquilo que a audiência quer.

A minha crítica usa o BBB de exemplo, mas, de certa forma, serve para quase toda a programação da GLOBO e pra mais outras emissoras. Antes vou esclarecer alguns critérios que eu utilizei para formular minha crítica.

Segundo dados de TV aferidos pelo ibope Mídia, após atualização do número de domicílios na grande São Paulo feita pelo IBGE, cada ponto de audiência representava 58.236 lares em 2011. Em 2010 o mesmo ponto equivalia a 59.863 lares. A audiência é medida proporcionalmente ao número de amostragem determinado, que varia de cidade para cidade e varia conforme os dados de domicílios do IBGE, logo sempre haverá uma margem de erro ao comparar cidades e períodos distintos, de qualquer forma serve como referência macro para embasar algumas conclusões. FICA VENDO:

Média de ibope das edições do Big Brother

BBB 9 média de 32,0

BBB 10 média de 28,4
BBB 11 média de 26,4

O BBB 12 teve média de 33 pontos na estréia e 36 pontos no dia da expulsão do participante Daniel por suposto estupro. Isso significa que na estréia 1 MILHÃO, 921 MIL, 788 lares estavam com uma televisão sintonizada na estréia do programa.

No caso do BBB o que me irrita na verdade é ver como as pessoas se interessam tanto pela vida alheia, porque é isso que o programa é, exposição da vida corriqueira, onde pessoas ficam confinadas num ambiente controlado e manipulado para forçar determinadas situações. É  muito parecido ao que fazem nos laboratórios em experiências cognitivas com MACACOS, a diferença é que os animais mostram evolução enquanto no confinamento os "brothers e sisters" apresentam involução.

O programa não gera nenhum conteúdo útil, não compartilha nenhuma informação relevante e nem tampouco contribui de forma NENHUMA para fomentar algo de cunho cultural, educacional ou social. Enquanto isso a TV Cultura esta falida com programas como Metrópoles, Roda viva, Sr. Brasil, Provocações, Castelo Rá-Tim-Bum, Cocoricó, Tintin, Documentários, cobertura de diversas mostras de artes, etc...


Pra mim deveria existir uma lei que obrigasse TODO canal de televisão, mesmo os privados, a terem uma porcentagem da programação de cunho cultural, educacional, social, etc... e não adianta me falar de Telecurso as 6 da manhã. To falando uma porcentagem representativa dividida ao longo da programação. Claro que as pessoas tem o direito de se divertir assistindo programas fúteis, irrelevantes, seja o que for, o que não é certo é só termos ISSO como opção.

Para finalizar, mesmo soando um pouco contraditório, a culpa não é só da emissora, porque ela apresenta aquilo que lhe dá retorno financeiro. A população tem uma grande parcela de culpa também por aceitar e se contentar com este tipo de conteúdo. Estamos criando uma geração educada pela TV e internet, sem critérios mínimos de julgamento do que é apresentado, cada vez mais alienados e emburrecidos, se contentando cada vez mais com porcaria e futilidade.

E como diria o ícone do programa "de inutilidades" que eu mais gosto: FIM DE PAPO NESSA PORRA. AWAY!

2 comentários:

  1. Jogada de marketing talvez? Praticamente um evento global mostrando que a desgraça, traição, corrompimento da sociedade humana atrai os olhos da humanidade.

    ResponderExcluir
  2. Eu assisto BBB. Mas tenho TOTAL noção que é futilidade..

    ResponderExcluir